Defesa Agropecuária interdita frigorífico em Sorocaba e donos são presos por irregularidades
- Inova Vendas
- 5 de set. de 2018
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Polícia Federal informou que as investigações começaram em 2015, quando selos falsos de inspeção federal foram encontrados em mercadorias que seriam fornecidas para a Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com as investigações, em três anos, a empresa teria vendido quase R$ 2 milhões em produtos para órgãos dos governos federal, estadual e municipal.
As investigações também apontam que o frigorífico fornecia carne estragada para penitenciárias e até para a merenda escolar do município de Angatuba. De 2007 a 2018, a empresa foi autuada 13 vezes pelo Escritório de Defesa Agropecuária de Sorocaba por diversas irregularidades encontradas durante as fiscalizações. Mesmo assim continuava funcionando.
A Defesa Agropecuária informou que os donos sempre resolviam os problemas encontrados e por isso o firgorífico não foi fechado anteriormente.
Além dos crimes de falsificação, corrupção e adulteração de alimentos, os donos do frigorífico também vão ter que se explicar à Justiça do Trabalho. Os fiscais do Ministério do Trabalho vão investigar denúncias de falta de registro profissional e excesso de jornada dos funcionários.
Os materiais e produtos apreendidos devem passar pela perícia. Segundo a PF, em 2017, o dono da empresa foi condenado a 4 anos de prisão por crimes parecidos, como por exemplo, vender mercadorias em condições impróprias para o consumo.
Em nota, a Universidade de São Paulo (USP) esclareceu que a aquisição de carnes congeladas é feita por licitação pública na modalidade de pregão. O Registro do SIF é obrigatório para todos os produtos cotados.
O recebimento e armazenamento das carnes são feitos por armazéns frigoríficos, contratados por licitação pública na modalidade pregão, sob inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ainda segundo a nota, em 2014 foram adquiridas carnes bovinas congeladas (coxão duro e lagarto) da empresa Silvana Aparecido Prela – EPP. Diante da comunicação do armazém sobre irregularidades nesse lote de produtos, a SAS solicitou orientações da Procuradoria Geral da USP, a reposição dos produtos e o descarte dos mesmos.
Os produtos sob investigação ficaram apreendidos pelo SIF e não foram consumidos pela SAS.
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