Norma nacional torna rastreabilidade de hortifrútis obrigatória
- Inova Vendas
- 13 de ago. de 2018
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Uma das maiores preocupações é com o controle de resíduos de agrotóxicos em legumes, verduras e frutas.
Por Nosso Campo, TV TEM
Norma nacional torna rastreabilidade de hortifrútis obrigatória (Foto: Reprodução/TV TEM)
O Centro-Oeste Paulista tem uma das principais regiões de cultivo de pimentão do Estado. Juntos, os municípios de Reginópolis, Avaí, Pirajuí e Presidente Alves (SP) somam mais de 100 sítios e fazendas produtoras.
A rotina de trabalho nesses locais deve mudar e o motivo é a rastreabilidade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura aprovaram uma instrução normativa conjunta, que define uma série de procedimentos ao longo da cadeia produtiva de hortaliças frescas destinadas à alimentação humana.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 12/8/2018)

Norma nacional torna rastreabilidade de hortifrútis obrigatória
Para fazer a rastreabilidade, o produtor vai ter que pôr a mão no bolso. A propriedade deverá contar com acesso à internet. Além disso, são necessários computador, impressora e bobina específica para imprimir as etiquetas. Em vários casos, o sistema vai ter um custo médio mensal de R$ 300.
Josias Ribeiro, que é biólogo e produtor de pimentão, explica que um dos objetivos da implantação desse programa nacional é o controle de resíduos de agrotóxicos em legumes, verduras e frutas. Ele fala que, teoricamente, a fiscalização vai ser mais rigorosa, identificando quais e como os agrotóxicos estão sendo utilizados.
Com a rastreabilidade, a caixa de hortifrutis vai sair do campo com QR Code, código de barras ou chip. Isso vai permitir que o consumidor conheça quem é o produtor da mercadoria.
A rastreabilidade vai seguir um cronograma. Já neste mês, a exigência da Anvisa e do Ministério da Agricultura será para citros, maçã, uva, batata, alface, repolho, tomate e pepino.
Diego de Pauli produz abobrinha em uma estufa de 600 m² no município de Presidente Alves. Ele é a favor da rastreabilidade, mas ainda tem dúvidas. Uma delas é sobre a carência em relação à utilização dos agrotóxicos. Diego diz que a rastreabilidade vai exigir um tempo maior de espera para a colheita, o que é difícil no caso de produtos como abobrinha e pepino.
Andréa Ahumada é fornecedora de pepino, pimentão e tomate para redes de supermercados do interior de São Paulo. Ela já fez todo o procedimento para vender os produtos com a rastreabilidade. Andréa reclama que faltou divulgação do programa aos agricultores e fala que muitas propriedades rurais ainda não têm acesso à internet ou o acesso é irregular.
O Ministério da Agricultura informou que a mudança foi anunciada em tempo hábil e reforçou que o objetivo é conhecer a origem e ter informações mais precisas sobre a produção. Em nota, o Ministério também disse que isso não terá que ser necessariamente por meio de computadores. Nota fiscal e documento similar são válidos. Segundo o ministério, até o final do ano haverá outras campanhas de divulgação.
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