Vírus afeta setor de suínos da Rússia e derruba preços

Por Maria Kiselyova e Olga Popova

A indústria de carne suína da Rússia está sendo prejudicada pela Febre Suína Africana (ASF, na sigla em inglês), já que os surtos do vírus estão impedindo os produtores de exportar mais para os lucrativos mercados asiáticos e deixando os preços domésticos enfraquecidos, disseram especialistas do setor. A Rússia reportou ASF pela primeira vez em 2007 e registrou mais de 1.300 casos desde então, à medida que a doença hemorrágica altamente contagiosa dos porcos se espalhou da região do sul do Cáucaso para a região noroeste do país, bem como para a Sibéria, no leste. O surto coincidiu com os esforços russos para aumentar a produção local em uma tentativa de substituir as importações de carne suína da União Europeia, que estão proibidas desde 2014, apesar de uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) exigindo que a proibição seja suspensa. Ajudados por subsídios estatais, os produtores russos agora atendem a 95 por cento da demanda local. Mas como a quantidade de carne suína produzida localmente subiu, os preços domésticos caíram. "Chegamos ao ponto em que o desenvolvimento do setor sem exportações significativas se torna difícil e estrategicamente míope", disse Yuri Kovalev, diretor do Sindicato Nacional de Criadores de Suínos da Rússia. Uma das três maiores produtoras da Rússia, a Cherkizovo, disse que o preço médio de venda de seus produtos foi 5,3 por cento menor no primeiro semestre de 2018 do que no ano anterior. (Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765) REUTERS JRG RS

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